quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

O que Marconi não faz, o povo faz! #IML

Os R$ 520 mil usados na obra foram arrecadados com eventos e colaboração de moradores. A população do município de Campos Belos, no Nordeste de Goiás, se mobilizou, comandada pelo Conselho de Segurança Municipal, e bancou, por meio de doações, a construção do prédio do Instituto Médico-Legal (IML). A obra de mais de mil metros quadrados inaugurada ontem foi executada em dois anos ao custo de R$ 520 mil. Até então, os moradores da região foram atendidos pelo IML de Formosa. Em caso de acidentes e assassinatos, os corpos esperavam estirados no local, em média, mais de 10 horas até a chegada dos peritos. Além disso, era comum as famílias enfrentarem dificuldades para trazer o corpo de volta e poder velá-lo na cidade. A população carente quase sempre não tinha dinheiro para fazer o traslado e, como cadáveres não podem ser transportados por ambulâncias, as prefeituras também não conseguiam ajudar. “O constrangimento era enorme. Restava às pessoas mendigar por ajuda política ou compreensão das funerárias”, relata o promotor André Luís Ribeiro Duarte, que atuava na cidade em 2011, quando ele sugeriu a obra. O promotor poderia apenas abrir uma ação civil pública contra o Estado, mas ele afirma que isso não resolveria o problema, considerado emergencial, e demoraria anos até que a ação tramitasse na Justiça. A sugestão foi apresentada para a presidente do Conselho de Segurança de Campos Belos, Zoraima Aparecida Soares de Abreu, e foi iniciado o processo de mobilização das pessoas. O Conselho realizou uma série de eventos, como leilões de gado, churrascos e feijoadas, para arrecadar o dinheiro. Fazendeiros, empresários, comerciantes e integrantes de entidades fizeram doações. O juiz da cidade autorizou os reeducandos do regime fechado a ajudar na construção como serventes de pedreiro. Fora isso, as apreensões em ocorrências de crime ambiental, como madeira e areia ilegais, também foram repassadas para ajudar. Quando não estavam em situação de uso ou de acordo com as necessidades da obra, o Conselho foi autorizado a vender e pegar o dinheiro para custear a compra de material.
FONTE: GOIÁS DE VERDADE

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