domingo, 28 de dezembro de 2014

Reportagem diz que Marconi não cumpriu compromisso assumido com empresas de ônibus.

Reportagem de O Popular deste domingo (28/12), intitulada "Transporte Coletivo - Uma rede de problemas sem fim" traz uma informação surpreendente: o Governo de Goiás, que em abril de 2014 assumiu compromisso com as empresas do transporte coletivo da região metropolitana da capital de pagar 50% da gratuidade do sistema, concedido ao passe livre estudantil, idosos e deficientes, não efetuou o pagamento de nenhuma das parcelas assumidas. O valor mensal total do benefício concedido ao público mencionado seria de R$ 9 milhões, dos quais R$ 4,5 milhões seriam pagos pelo estado de Goiás. Desde maio deste ano, portanto, as empresas estão a ver navios e o montante em atraso já chega a R$ 36 milhões, o que vem inviabilizando o segmento, segundo os empresários do ramo. Infelizmente, Marconi Perillo especializou-se em "fazer sombra com chapéu alheio". Capitalizou eleitoralmente quando assumiu o compromisso de pagar os tais 50% da gratuidade, mas não pagou nenhuma das parcelas assumidas. Logo quem banca de fato essa gratuidade são os próprios empresários do transporte coletivo da região metropolitana. Segundo a reportagem, os outros 50% seriam pagos pelas prefeituras a partir de janeiro de 2015. Em meio a crise do "lixo" em Goiânia, Marconi Perillo alardeou aos quatros cantos que havia doado 50 caminhões de lixos à Prefeitura de Goiânia, o que depois foi desmentido pelo Paço.


A reportagem no O popular pode ser lida clicando aqui (assinantes).

sábado, 27 de dezembro de 2014

Raquel Texeira na Educação. O nome certo no governo errado.

Raquel Texeira

O quarto governo de Marconi Perillo não será fácil e ele sabe disso. Traz um problema adicional: não haverá o antecessor para levar a culpa. Depois de gastar R$ 600 milhões em publicidade para permanecer em pé e ao final levar a reeleição, Perillo caiu na real e viu na reforma administrativa, cortando gastos e se desfazendo dos pesos mortos, a única opção para tentar tocar o novo mandato. Criou as supersecretarias e nelas procura colocar colaboradores eficientes. Na pasta da educação, que contemplará também cultura e esporte, foi anunciado o nome da Professora, ex-deputada federal, Raquel Teixeira. Ela assumirá pela segunda vez o cargo de secretária de educação. Teixeira é praticamente uma unanimidade entre o pessoal ligado a educação em Goiás. Esteve a frente da secretaria no primeiro governo de Marconi Perillo (1999-2001) e assumiu, no período de 2005 a 2006, a pasta da ciência e tecnologia. De inquestionável capacidade profissional, sensível aos problemas da educação como um todo, capaz de ouvir a demanda dos educadores e alunos, Raquel Teixeira é o nome certo para uma das mais importantes pastas do governo. Some-se a sua eficiência o respeito entre a classe política do estado e sua ilibada moral. Com dois mandatos de Deputada Federal, não pairam sobre sua pessoa nenhum fato que possa desaboná-la. Infelizmente, Raquel assume no governo errado. O Estado de Goiás iniciará o ano com uma dívida absurda de cerca de R$ 22 bilhões de reais e demandas urgentíssimas nas áreas da educação e segurança pública, talvez os maiores gargalos do quarto mandato de Perillo. A retirada da titularidade dos professores foi um duro golpe na classe docente do estado e a devolução desse direito não está assegurada pelo próximo governo, sobretudo por falta de condições financeiras de fazê-lo. E é essa a maior demanda dos professores estaduais. Sem condições de atendê-los nessa reivindicação, Raquel Teixeira corre o risco de assumir uma responsabilidade que não é sua e absorver todo o ônus de tal negativa. Por sua seriedade e respeito com a educação, a nova secretária não se furtará em assumir compromissos que, por ineficiência do governo como um todo, não poderá cumprir. Corre sério risco de sair desgastada desse segundo mandato a frente da Educação goiana. É, portanto, o nome certo no governo errado.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Lei frouxa é uma falácia que privilegia os juízes preguiçosos e inoperantes.

O renomado Advogado Criminalista, Alex Neder, disse certa vez, em entrevista ao site Rota Jurídica, que "não precisamos de Leis novas e sim de aplicar as atuais". Diariamente assistimos policiais militares e civis revoltados com o fato de prenderem o mesmo criminoso por cinco, seis e até dez vezes cometendo os mesmos crimes. O cidadão, leigo, não entende como é possível tal situação. Para o homem de bem, quem comete crimes deve, ou deveria, estar atrás das grades. O sentimento corrente é que "a polícia prende e a justiça solta". Para justificar a inoperância, a falta de vontade e a preguiça de julgar, os juízes dizem que cumprem a lei e que a mesma é frouxa. Ao culparem as leis, o judiciário tenta se desvincular da responsabilidade que é sua por imposição constitucional. Lei frouxa é uma falácia que serve apenas ao criminoso e aos juízes que, por se acharem "deuses", estão muito distante da realidade do país. Noutra ponta, há juízes se ocupando das causas que levaram o indivíduo a cometer o crime e, agindo como assistentes sociais, absolvendo-o sem se ocupar do mérito judicial a que estaria adstrito. Enquanto isso o crime domina a nação. E a culpa é sempre das leis. A polícia enxuga gelo e o cidadão de bem sofre as consequências. O Artigo 312 do Código de Processo Penal prescreve que "a prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria." Como garantia da ordem pública, subentende-se a manutenção da paz, do sentimento de segurança, da sensação de justiça e a certeza de que a lei é cumprida. Vê-se, portanto, que a lei autoriza sim a segregação do criminoso. E há casos na literatura penal brasileira que corroboram essa constatação. O caso do goleiro Bruno é um deles. Preso no curso das investigações da morte da modelo Elisa Samúdio, Bruno foi preso e mantido encarcerado até o julgamento, sem direito a liberdade provisória, o que também aconteceu com o casal Nardoni, assassinos da garota Isabela Nardoni e com Suzane von Reichthofen. Todos esses condenados cumprem penas em regime fechado e foram impedidos de recorrer em liberdade. Em nenhum desses casos a presunção de inocência, garantia constitucional, foi suficiente para assegurar a liberdade de tais criminosos. Em comum esses casos tiveram uma grande repercussão na mídia. Então seria essa a condição para a aplicação da lei? Parece que sim. Muitas decisões judiciais, e os operadores do direito podem confirmar isso, são formatadas nas antessalas dos magistrados, na base do Ctrl C, Ctrl V. Portanto, quando um conceituado criminalista diz que não precisamos de leis novas e sim aplicar as atuais, ele está repleto de razão. Falta vontade, coragem e disposição de muitos juízes para fundamentarem uma decisão que preserve a sociedade sem ferir o direito do apenado. As leis não são frouxas. A frouxidão está no comportamento dos integrantes do judiciário.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Joaquim Barbosa critica pretensão de Dilma consultar MP antes de anunciar ministros.

O ex-Presidente do STF, Joaquim Barbosa, criticou duramente a pretensão da Presidente Dilma Roussef, de consultar o Ministério Publico antes de nomear seu ministério para o 2º mandato. O anúncio feito por Dilma Roussef se deu durante café com jornalistas. A Presidente espera que o Ministério Público diga quem é, ou quem não é, investigado na Operação Lava Jato, que investiga provavelmente o maior escândalo de desvio de dinheiro público da república do Brasil. Em seu perfil no Twitter, Joaquim Barbosa mostrou-se incrédulo quanto a pretensão de Dilma: "que degradação institucional! Nossa presidente vai consultar órgão de persecução criminal antes de nomear um membro do seu governo!!", disse Barbosa como quem não acredita que a formação de um ministério de uma nação precise passar pelo crivo do MP para saber quem está enrolado ou não com o malfeito na Petrobrás. Noutro ponto, o Ministro que deu cara à Justiça brasileira, anotou: "há sinais claros de que a chefe do Estado Brasileiro não dispõe de pessoas minimamente lúcidas para aconselhá-la em situações de crise". Lecionando sobre as atribuições do Ministério Público, Joaquim Barbosa tuitou: "Ministério Público é órgão de contenção do poder político. Existe para controlar-lhe os desvios, investigá-lo, não para assessorá-lo" e pergunta: "onde estão os áulicos tidos como candidatos a uma vaga no STF, que poderiam esclarecer: "Ministério Público não é órgão de assessoria!!!" Como se vê, a formação do Ministério de Dilma Roussef está condicionado não a probidade do candidato, mas as chances desse indivíduo ser preso ou não.

Paulo Garcia e Marconi Perillo: dois pesos e duas medidas.

Não se trata aqui de fazer proselitismo para quem quer que seja, nem tampouco criar falácias que possam justificar o erro e incompetências, já que dois errados não fazem um certo. Vejo, porém, que Marconi Perillo, enquanto governador do Estado, não tem merecido o mesmo rigoroso julgamento político/administrativo que a grande maioria da população goianiense tem dispensado ao Prefeito Paulo Garcia. O executivo municipal tem experimentado sucessivas derrotas na câmara, o que tem dificultado o desempenho de Garcia à frente da Prefeitura. É visível a falta de traquejo político de Paulo Garcia e seu staf não tem ajudado. Some-se a isso, a oposição sistemática que um grupo de vereadores tem dispensado ao prefeito e os projetos impopulares enviados pelo Paço ao legislativo municipal, tais como a mudança do plano diretor da cidade e o aumento do IPTU. Sem dinheiro e sem apoio dos vereadores, a Capital goiana sofre as consequências de uma administração questionável. Ressalte-se que todas essas dificuldades do prefeito são exaustivamente divulgadas na mídia goiana, que não tem poupado Paulo Garcia de críticas contundentes, muitas com absoluta razão. E a situação do Estado, seria melhor? Enquanto Garcia sofreu e não conseguiu aprovar o aumento do IPTU para o próximo ano, mesmo cedendo no percentual pretendido, Marconi voa em céu de brigadeiro na Assembleia Legislativa. Não terá a mínima dificuldade para aprovar aumento de 3.000% nas taxas do DETRAN-GO, muito embora os deputados tenham feito cara de espanto com o tamanho do aumento, e não terá também para aprovar a mudança no superávit primário acertado com a União, que era de R$ 440 milhões. Com o apoio dos deputados, Marconi irá fechar o ano com déficit de cerca de R$ 650 milhões. A dívida consolidada do estado é algo em torno de R$ 22 bilhões, cerca de R$ 10 bilhões a mais do que em 2010, quando recebeu o governo de Alcides Rodrigues. A conta centralizadora do estado apresentava, em 2013, um déficit de mais de R$ 526 milhões e as contas de 2012 e 2013, aprovada com ressalvas no TCE, já que havia o descumprimento de 2 metas fiscais e aplicação abaixo do mínimo exigido para a educação, foram aprovadas por unanimidade na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás. A violência, que desde o primeiro Governo de Marconi aumentou 230% em Goiás, vai fechar o ano como o mais violento do 3º mandato do tucano e o estado com o horroroso título de 5º mais violento do Brasil. O próprio TCU, em parceria com o TCE/GO, num levantamento denominado "Política da boa Governança" apontou uma série de deficiências do governo Marconi nas áreas da segurança pública, educação, infra-estrutura e meio ambiente. Com orçamento furado, Perillo usou e abusou da suplementação de verbas, que é o ato de tirar dinheiro de uma pasta para cobrir despesas em outra. Com todos os problemas na segurança pública, com taxas de homicídios superando os 40 por cada grupo de 100 mil habitantes, Marconi Perillo retirou R$ 130 milhões da pasta para pagar juros da dívida da CELG, estatal que foi vendida pela bagatela de 0,6% do seu valor de mercado. Outra aberração que Perillo não teve dificuldades de aprovar na ALEGO. E por que tudo isso não vem à tona? Por que, com toda essa deficiência administrativa, Marconi tem se sobressaído como o político do ano em Goiás?  Há na política goiana dois pesos e duas medidas. Em Goiás, não se julga o administrador por sua capacidade administrativa, mas por sua capacidade de criar os fatos que lhe convém.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Com a ingerência de Perillo na eleição da Câmara de Goiânia, oposição a Paulo Garcia perde credibilidade.

Com a atuação destacada do Palácio das Esmeraldas na eleição da mesa diretora da Câmara Municipal de Goiânia, a oposição ao governo do prefeito Paulo Garcia (PT) perde sua isenção. É fato que o petista tem se revelado de pouca competência na administração da capital e que as medidas polêmicas enviadas pelo Paço, como aumento abusivo do IPTU, mudança do Plano Diretor e venda de áreas públicas foram merecedoras da resistência oposicionista na Câmara, protagonizadas, principalmente, pelos vereadores Djalma Araújo (SSD) e Elias Vaz (PSOL). O Prefeito Paulo Garcia não tem tido vida fácil no seu segundo mandato, principalmente depois que Araújo deixou o PT. Embora a oposição praticada pelo ex-PT seja carregada de ressentimento, ninguém pode acusá-lo de fazer oposição irresponsável, já que em todos os temas que tem se oposto com maior ênfase sempre esteve ao lado dos interesses da comunidade. Elias Vaz, embora tenha sido acusado, em passado recente, de agir para prejudicar a Prefeitura defendendo interesses do bicheiro Carlos Cachoeira, também tem se destacado na defesa intransigente dos interesses da coletividade. Contudo, a eleição do vereador Anselmo Pereira (PSDB) para a presidência da Câmara de Goiânia reveste a oposição ao Prefeito de um novo viés: o de cooptada. Não é segredo pra ninguém que o governo estadual usou seu poderio político para bancar Anselmo e dificultar a vida do Prefeito Paulo Garcia numa inquestionável estratégia de assunção ao Paço em 2016. O presidente do PSDB goiano já adiantou que o partido faria o que fosse preciso para chegar forte em 2016 com candidato próprio à Prefeitura de Goiânia. A presidência do legislativo municipal foi o primeiro e importante passo nessa pretensão. Com a presidência da casa e das principais comissões nas mãos dos oposicionistas, Paulo Garcia tem diminuída ainda mais suas chances de superar o baixo prestígio entre a classe política de Goiás e, principalmente, junto ao eleitorado goianiense, complicando e muito a vida do seu partido e do aliado PMDB, que, em virtude disso, deve, em breve, anunciar seu divórcio com o PT em Goiânia. Destarte, mesmo que a oposição em Goiânia esteja embuída no propósito de defender os interesses da população, não passará despercebida a intenção do Palácio das Esmeraldas de agir sempre para dificultar a atuação de Garcia. Nesse diapasão, a contundente atuação dos vereadores que lideram a resistência ao Paço serão vistas como suspeitas e estarão ligadas aos interesses não tao republicanos do Governo Estadual, que vislumbra o pleito de 2016. Ao compactuarem com as negociações para eleição da mesa diretora, patrocinada pelo Governo Estadual, os vereadores oposicionistas perdem a credibilidade e a isenção e passam a cumprir um papel secundário e fisiológico no cenário político goianiense.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Fabiana Pulcineli diz que bastidores apontam para negociação "pouco republicana" na eleição da Câmara

Jornalista Fabiana Pulcineli

Em análise ao cenário político goiano, a Jornalista Fabiana Pulcineli, do Jornal O Popular, em artigo publicado nesta segunda feira (15/12), enumera os ingredientes que permitiram a investida dos governistas estaduais na eleição da mesa diretora da câmara de Goiânia. Para Pulcineli o PSDB aproveitou as dificuldades administrativas de Paulo Garcia e sua imagem negativa junto a população de Goiânia, bem como a "insatisfação dos aliados do paço com o vaivém do desgastante projeto que reajusta o IPTU". Segundo a jornalista, além disso, o "pragmatismo de alguns vereadores" foi crucial para que o partido de Perillo tivesse êxito na eleição de Anselmo Pereira para a presidência do legislativo municipal. O presidente eleito está no seu oitavo mandato como vereador e há 30 anos na Câmara Municipal. Ao final do seu artigo, Fabiana põe em dúvida a lisura do processo que culminou na eleição do tucano, dizendo que "as eleições para a mesa diretora da Câmara de Goiânia continuam marcadas por cenas pitorescas e bastidores que apontam para negociações pouco republicanas na definição do comando da Casa". E continua: "ruim para a imagem do Legislativo goianiense e péssima notícia para quem tem fé que, diante de manifestações populares e avanço nas investigações contra corruptos no País, a classe política dê sinais de melhora". De fato poucos são os políticos que agem movidos por ideologia em Goiás e em Goiânia.   

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Parecer do MP-GO pelo arquivamento de ação contra Perillo faz duras críticas a ética do tucano.

Comemorado pelos governistas e pelo próprio Governador Marconi Perillo como sendo uma indiscutível sentença absolutória, o parecer da relatora que pediu o arquivamento do procedimento de investigação contra Marconi no âmbio do MP-GO, faz duras críticas ao comportamento moral e ético do reeleito governador do estado de Goiás. Aberto em 2012, por representação do Promotor Fernando Krebs, para apurar o envolvimento de Perillo com Carlos Cachoeira, naquela que ficou conhecida como Operação Monte Carlo da PF, o Procedimento Preparatório do MP-GO, , veio a cabo no último dia 02 de dezembro, com o arquivamento da denúncia. Contrariando a si mesma, a Procuradora Relatora, Dra. Ana Cristina Ribeiro Peternella, reconhece a conduta imoral do chefe do executivo goiano. A certa altura do seu voto, a procuradora diz que "das transcrições das interceptações telefônicas colacionadas a este procedimento preparatório, vê-se que a autoridade investigada de fato manteve contato pessoal e telefônico com Carlos Cachoeira". Noutro ponto a relatora registra o seguinte: "com efeito, do ponto de vista ético, revela-se condenável o relacionamento do chefe do executivo goiano com Carlos Cachoeira e seus prepostos, posto que, àquela época, já era notório no Estado de Goiás o tipo de atividade ilícita desempenhada por Carlos Cachoeira". Como quem faz um mea culpa, a digníssima Procuradora, buscando um embasamento jurídico que consubstanciasse sua decisão de arquivar o procedimento, reconhece que o conteúdo das interceptações telefônicas autorizadas pela justiça pode "ser considerado séria ofensa ao comportamento ético exigido e esperado de um agente público". Ainda assim a Dra. Procuradora de Justiça disse não ver "elementos de provas capazes de consubstanciar justa causa para a propositura" de ação contra o Governador de Goiás". Então tá!

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

O crime do SIMVE em Anápolis e a irresponsabilidade do Governo Marconi

Questionado judicialmente desde sua implantação em Goiás e recentemente declarado insconstitucional pela justiça goiana, o SIMVE - Serviço de Interesse Militar Voluntário do Estado de Goiás revela-se um grande equívoco do Governo Marconi Perillo. Instituído ao arrepio da Lei Federal 10.029/2000, que em seu artigo 5º veda, expressamente, o porte de arma em via pública pelos soldados voluntários, o SIMVE é, inegavelmente, um paliativo de um governo sem projetos e incompetente na gestão da segurança pública do estado. O assassinato de um jovem na cidade de Anápolis-Go., por um soldado do SIMVE reabre a discussão quanto a capacidade desses temporários e a irresponsabilidade do Governo estadual em insistir na manutenção dos mesmos. Ao bancar a atuação desse pessoal como se polícia fossem, Marconi Perillo assume, subsidiariamente, a responsabilidade pelos inúmeros erros, dolosos ou não, praticados pelo SIMVE em Goiás. É fato que os temporários não possuem formação adequada, tal como possuem os efetivos da PM-GO, o que, por si só, já seria um impedimento para a atuação nas ruas. Ao colocá-los para desempenharem atividades próprias de policiais, inclusive portando armas, o Governo do Estado cria uma milícia, cujas consequências são as mais imprevisíveis possíveis. Infelizmente o pior tem acontecido. Em ação de inconstitucionalidade proposta pelo MP-GO., o PGE foi taxativo: "é exorbitante abrir as portas para o exercício de atividades militares típicas, a exemplo do policiamento ostensivo, a agentes temporários". Em outro ponto o Procurador Geral do Estado afirmou que "policiamento ostensivo, com efeito, não passa de atividade militar, a qual, sendo função policial, exige do agente público que a desempenhe o pertencimento aos quadros efetivos (membro da carreira) da Polícia Militar, selecionado, desse modo, em concurso público". O Governo sabe disso, mas prefere colocar em risco a vida da população, passando uma falsa sensação de segurança aos cidadãos, a agir para resolver o problema. Mais de 2.000 concursados da PM-GO aguardam chamamento enquanto o Governo continua nomeando temporários. O SIMVE, por inconstitucional, não deveriam estar nas ruas. Não poderiam atuar como policiais. Recebendo cerca de 40% do que recebe um soldado efetivo da PM-GO, os temporários são um risco a segurança dos goianos e não foram capazes de melhorar as estatísticas da segurança pública em Goiás. Os crimes continuam aumentando. Em outra ação que questiona a inconstitucionalidade do SIMVE em Goiás, proposta no âmbito do STF, o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, assim se pronunciou: "o SIMVE compromete, mais do que auxilia a prestação da segurança pública no Estado de Goiás e introduz, na delicadíssima atividade de segurança pública, pessoas admitidas de forma inválida e com potencial para portar e usar armas de fogo, contrariamente à lei federal". O assassinato do jovem em Anápolis por um policial militar voluntário corrobora as palavras do PGR e coloca Marconi Perillo como cúmplice desses ilícitos. 

domingo, 7 de dezembro de 2014

Uma pequena homenagem a um brasileiro vencedor

Guilherme de Melo Godoy

O Blog Opinando abre espaço para homenagear um digno cidadão brasileiro. Aos 17 anos, Guilherme de Melo Godoy, natural de Goiânia, é o exemplo vivo de que a educação pode mudar a vida das pessoas e, consequentemente, o mundo. Desde muito cedo, Guilherme, motivado pela família, compreendeu que a educação seria a chave para mudar sua vida. Terminado o ensino fundamental, o jovem, que se destaca por sua simpatia e respeito as amizades, ingressou no Instituto Federal de Goiás, no curso de Eletrotécnica. Assim que a legislação lhe permitiu começou a conciliar estudo com trabalho. Tomou gosto. Enfrentando os desafios diários dos desumanos terminais, Guilherme resistiu firme aos dissabores do descaso com que são tratados todos aqueles que necessitam do transporte público em Goiânia e região metropolitana. Vários foram os assaltos que sofreu dentro e fora dos ônibus. Quatro ou cinco celulares lhe foram subtraídos. Desistir? Jamais! Seu foco sempre foi o de vencer pelos seus próprios méritos. E hoje, 07 de dezembro de 2014, pode-se dizer que sua vida mudou. Aos 17 anos de idade, Guilherme foi aprovado no Concurso Público da CELG. Foi o 4º colocado nas provas objetivas e classificado para o teste de aptidão física. Dois quilômetros e 12 minutos o separavam do início do sonho, da indelével mudança em sua vida. Correu como se corresse pela própria vida. E venceu! A maioridade virá com a posse. Os sonhos continuam, agora embalados por uma grande conquista e a certeza de que já escreveu parte de sua vitoriosa história. Guilherme é um brasileiro, um cidadão que nos faz acreditar que temos futuro, um jovem que contribui para uma sociedade melhor. Aos 17 anos, Guilherme é um exemplo a ser seguido. Parabéns!

Internauta critica postura do Delegado Waldir nas redes sociais.

Sandro Ragonezi critica postura do Delegado Waldir

O internauta Sandro Ragonezi, um dos mais influentes das redes sociais em Goiás, criticou, em post publicado na sua página no Facebook, a postura do recém eleito deputado federal, Delegado Waldir. Segundo Ragonezi, ele ficou sabendo que o Delegado, a quem chamou de "santidade", numa fina ironia à forma como Waldir tem se comportado depois de eleito, está deletando de sua página comentários que não o agradam. A informação, conforme diz o post do atuante internauta, veio de um eleitor do Deputado que foi bloqueado depois de comentar na página que o futuro congressista mantém no face. "A humildade não cabe no senhor, mesmo com tantos votos...", aponta Sandro, e lamenta: "não quero acreditar que seja assim". De fato o nobre Delegado mudou muito desde sua eleição. Atuante nas redes sociais, Waldir sempre falou a língua do povo, ávidos por segurança e justiça. Por diversas vezes o delegado manifestou sua contrariedade com o atual governo e com o sistema de segurança pública em Goiás, sobretudo pela perseguição política que sofreu ao longo de sua carreira, principalmente por ser atuante e sempre agir em obediência à lei e a ordem pública. Foi afastado da Delegacia de Crimes de Trânsito, onde fazia um belíssimo trabalho em prol da Lei Seca em Goiânia, o que aconteceu, segundo os bastidores da notícia, porque estava contrariando interesses de "gente graúda". Na época Waldir Soares afirmou: "fui punido por trabalhar". Para Sandro Ragonezi, o mandato do futuro Deputado Federal "será como voo de galinha: curto e desajeitado". Apesar disso, Ragonezi diz que ainda dá tempo do delegado deixar a arrogância de lado e tentar ser aquela pessoa que ele era antes de receber os 274 mil votos, e lembra a Soares: "foram as pessoas comuns e humildades que o colocaram no Congresso". Terminando seu recado,  o internauta lembra ao campeão de votos para a Câmara Federal de sua responsabilidade e influência nas redes sociais e pede que ele "use essa influência para o lado positivo e respeite as posições contrárias. Foi a democracia que o elegeu". A postagem recebeu vários comentários elogiando a crítica de Ragonezi.


O post original no facebook você pode ler clicando aqui

sábado, 6 de dezembro de 2014

O nome da SANEAGO aparece em lista apreendida na casa do doleiro Youssef

Planilha apreendida na casa do doleiro Alberto Youssef, preso na primeira fase da Operação Lava Jato da PF, que investiga, possivelmente, o maior episódio de desvio de dinheiro público da história do Brasil, demonstra que a atuação do doleiro extrapola os limites da Petrobras e estende seus tentáculos sobre outras estatais federais, órgãos públicos estaduais, prefeituras e empresas privadas. O nome da SANEAGO - Saneamento de Goiás S/A., aparece na lista. Não é possível, entretanto, saber se e em qual contrato pode ter havido a participação de Youssef. Das empresas envolvidas no chamado "Petrolão", a única que mantém contrato com a estatal goiana é a Odebrecht, que por meio da sua subsidiária Odebrecht Ambiental venceu licitação para a exploração da coleta e tratamento de esgoto nas cidades de Aparecida de Goiânia, Trindade, Rio Verde e Jataí. Pela subdelegação dos serviços a Odebrecht paga à SANEAGO algo em torno de R$ 9,1 milhões por ano. Esse contrato, que tem duração de 30 anos, foi alvo de ação protocolada pelo Ministério Público na justiça goiana, pois há, entre os promotores, o entendimento de que houve terceirização dos serviços, o que seria vedado por lei. O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (STIUEG) teme que com essa terceirização travestida de subdelegação a população ficará a mercê dos interesses comerciais, em um serviço público que não deve visar o lucro. Nas últimas eleições para governador, a Odebrecht doou para a campanha do governador reeleito, Marconi Perillo (PSDB) mais de R$ 1,5 milhões. É fato, não obstante, que o nome da SANEAGO na lista apreendida pela PF na casa do doleiro, preso na Operação Lava Jato, requer uma investigação mais aprofundada a fim de que não pairem dúvidas na relação entre a empreiteira investigada e a empresa goiana.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

MP/GO recomenda a imediata suspensão do processo seletivo para contratação de Soldados Voluntários em Goiás.

Objeto de ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade) no Supremo Tribunal Federal - STF e de ter sido considerado inconstitucional pelo Juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública de Goiânia em novembro último, o SIMVE - Serviço de Interesse Militar Voluntário do Estado de Goiás, instituído pela Lei Estadual 17.882/12, sofreu mais um revés. A promotora de Justiça do MP-GO, Villis Marra Gomes, em substituição na 57ª Promotoria de Justiça de Goiânia, recomendou ao comandante-geral da Polícia Militar de Goiás, Silvio Benedito Alves, que cancele ou suspenda imediatamente o processo seletivo regido pelo Edital 3/14, do Serviço de Interesse Militar Voluntário Estadual (SIMVE), deixando de realizar o teste de aptidão física e todas as demais fases previstas. O Juiz Ricardo Prata, da 2ª Vara da Fazenda Pública, que decidiu acolhendo os pedidos feito pelo Promotor Fernando Krebs, já havia declarado a nulidade dos editais para seleção dos voluntários e determinado a convocação de todos os aprovados no concurso da Polícia Militar até o limite dos valores gastos com os SIMVE. Na Suprema Corte a ADIN 5163, proposta pelo PGR Rodrigo Janot em setembro/14 recebeu parecer favorável da AGU, que anotou mais de 12 pontos de inconstitucionalidade na lei sancionada por Marconi Perillo. Atualmente os autos da ação encontram-se conclusos ao relator, Ministro Luiz Fux.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

MP-GO arquiva procedimento investigatório contra Marconi Perillo (PSDB), mas ação no STJ continua.

Convocada pelo Governador de Goiás, Marconi Perillo, na tarde de hoje, 02/12, a imprensa goiana alardeia uma meia verdade como se verdade inteira fosse. Comemorando "bola na trave" como se gol de letra tivesse feito, Marconi Perillo fez do arquivamento de procedimento investigatório do Ministério Público de Goiás, aberto em 2012 para apurar seu suposto envolvimento no esquema do bicheiro Carlos Cachoeira, desbaratado pela Operação Monte Carlo da PF, uma sentença absolutória. A imprensa, sabendo que era "gato" vendeu a notícia como se lebre fosse. O procedimento do MP-GO., arquivado supostamente por falta de provas contra o Governador de Goiás, não guarda nenhuma relação com o inquérito penal aberto no STJ, cujo titular da ação é o Ministério Público Federal. Naquela corte superior o Inquérito Penal 787 corre normalmente, seguindo os trâmites legais, visando a apuração de suposto ilícito cometido por Perillo no mesmo imbróglio Cachoeira. Robusto, o inquérito foi aberto a pedido do Procurador Geral da República à época, Roberto Gurgel e deferido pelo Ministro Relator Humberto Martins. Como o processo ainda não foi julgado, assim como é possível a absolvição a condenação também é uma hipótese plausível, já que há elementos contundentes no processo. Destarte, o arquivamento do procedimento do MP-GO não inocenta Marconi Perilo. Não pelo menos até que seja julgado o processo no STJ.