quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Marconi diz que não pagará sua parte no acordo da gratuidade do sistema de transporte coletivo.

Em abril do ano passado, já assumindo-se pré-candidato à reeleição para o quarto mandato, Marconi Perillo (PSDB), Governador de Goiás, assumiu publicamente, mediante acordo firmado com as empresas de transporte coletivo da região metropolitana da Capital, Goiânia, o pagamento de 50% da gratuidade do sistema, que contempla uma gama de usuários do transporte coletivo, tais como os estudantes, idosos e portadores de deficiências físicas. Segundo o acordo firmado entre as empresas de ônibus, as prefeituras da região metropolitana e o Estado de Goiás, o valor estimado da gratuidade de todo o sistema seria de R$ 9 milhões/mês. Desse total o Governo estadual pagaria 50%, ou seja, R$ 4,5 milhões, já a partir de maio do ano passado, e os outros 50% seriam pagos pelas prefeituras e deveriam começar a ser pagos em janeiro de 2015. Entretanto, nenhuma parcela do acordo foi pago pelo Estado de Goiás e a dívida já chega a R$ 45 milhões. Nenhuma das prefeituras também efetuou o pagamento devido em janeiro. Por conta desse calote as empresas acharam-se no direito de aumentar a passagem do transporte coletivo da região metropolitana de Goiânia para R$ 3,30, um aumento de quase 18%. O tempo é senhor da história, e hoje fica muito claro que a atitude de Marconi Perillo foi absolutamente eleitoreira, de um populismo ululante e que penaliza sobremaneira o cidadão usuário do transporte. Sacramentando o calote, Perillo foi à televisão dizer que não pagará sua parte na gratuidade do sistema, ficando o dito pelo não dito. Lamentável a decisão do senhor governador, embora essa seja só mais uma promessa não cumprida dentre muitas que os goianos, inacreditavelmente, suportam há mais de 16 anos. Esse não é o único calote perpetrado pelo Governo de Goiás. Os repasses às Prefeituras goianas, decorrentes de convênios assinados, tais como o Saúde da Família (PSF), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), transporte escolar e a alimentação para presos do sistema prisional estadual nos municípios, estão atrasados há mais de 11 meses e a dívida já chega a R$ 120 milhões. Para piorar a situação, o déficit nas contas do estado é de R$ 1,3 bilhões, o que representa praticamente o que o governo gasta num mês inteiro com folha de pagamento e outras despesas de custeio.

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