terça-feira, 31 de março de 2015

Em artigo contra Caiado, Demóstenes acusa Marconi de ter usado recursos públicos para comprar sua absolvição.

Em artigo publicado hoje, 30/03, no Jornal Diário da Manhã, intitulado "Ronaldo Caiado: uma voz à procura de um cérebro", o ex-senador cassado Demóstenes Torres, entre ataques ao Senador Ronaldo Caiado, a quem acusa de o ter traído e não o ter defendido quando foi acusado de ser membro da quadrilha de Carlos Cachoeira, desbaratada pela Operação Monte Carlo da PF e que culminou com a cassação do seu mandato de senador da república, faz uma revelação contundente e muito séria: a de que Marconi Perillo, governador de Goiás, comprou, com dinheiro dos cofres goiano, sua absolvição na CPMI do Cachoeira, que apurou o envolvimento do executivo goiano com o esquema comandado por Carlos Cachoeira. Como é de conhecimento público, o relatório final da CPMI que, entre outros, indiciava o governador de Goiás pela prática de diversos crimes, entre eles corrupção passiva e formação de quadrilha, só não foi votado por conta de um amplo acórdão político, que livrou Perillo e outros envolvidos no imbróglio. No artigo publicado, Demóstenes afirma que "o PSDB resolveu salvar Marconi Perillo, que gastou uma fortuna dos cofres públicos para custear sua absolvição", numa grave revelação de que recursos públicos podem ter servido a fins absolutamente escusos. Na condição de membro do Ministério Público Estadual, Demóstenes Torres tem a obrigação moral e institucional de revelar aos seus pares os fundamentos de sua acusação, possibilitando que o MP-GO apure as origens dos recursos que supostamente compraram a absolvição do governador de Goiás na comissão que investigou o caso Cachoeira, como afirma o ex-senador.

segunda-feira, 30 de março de 2015

Governo de Goiás atrasa salários dos servidores.

Em nota divulgada no sistema Intranet, com acesso restrito aos seus servidores, o Ministério Pùblico de Goiás informou que o salário de março de todos os funcionários não seria depositado na manhã desta terça-feira, 31 de março. "A Secretaria da Fazenda acaba de informar que , contrariando a previsão do governo estadual, não fará nesta segunda-feira (30/03), o repasse financeiro para a liquidação da folha de pagamento do mês de março. Sendo assim, o salário não estará creditado na conta dos integrante na manhã desa terça-feira (31/03", diz a nota do MP/GO. Funcionários foram informados que o salário será pago em duas vezes, sendo a primeira parcela no dia 1º de abril e a segunda até o final da próxima semana. Os servidores do TJ-GO também foram pegos de surpresa e, assim como o MP, receberão seus salários de forma parcelada. Em nota a SEFAZ alega que o motivo para o atraso no pagamento da folha do MP e TJ deve-se a "frustração na arrecadação de impostos". O fato é que a situação financeira do estado há muito é de penúria. Perillo herdou de si mesmo um estado com sérias dificuldades financeiras, com restos a pagar na ordem de R$ 1 bilhão e déficit orçamentários avaliados em mais de R$ 1,3 bilhões. No apagar das luzes de 2014, o Governo de Goiás sancionou a Lei que permitiu um perdão fiscal de mais de R$ 1 bilhão à empresa JBS, holding administradora da marca Friboi, para receber pouco mais de R$ 150 milhões e conseguir pagar a folha do funcionalismo. Apregoando uma reforma administrativa para economizar recursos e diminuir o custo da máquina pública, Perillo acena com corte dos direitos dos servidores, como quinquênios, por exemplo, e limitação de promoções na PM, Polícia Civil e Bombeiros Militares. O discurso da reeleição de Marconi Perillo vai ficando pela estrada. A realidade é completamente diversa daquela pregada na campanha e o Estado de Goiás amarga uma das piores situações financeira de sua história. Prefeituras alegam calote de mais de R$ 118 milhões em convênios firmados com o estado e agora o funcionalismo público é vítima do atraso no pagamento de seus salários. O desdobramento disso tudo pode descortinar a revelação da verdadeira crise por que passa o estado de Goiás.

sábado, 28 de março de 2015

Deputado José Nelto (PMDB) pede que contrato com OS seja investigado.

Dep. José Nelto (PMDB) protocola pedido de investigação no MP/GO

O Deputado José Nelto (PMDB), protocolou ontem, 27/03, junto ao Ministério Público do Estado de Goiás, representação para que seja investigado o contrato de gestão do Hospital Geral de Goiânia - HGG, firmado entre o Estado de Goiás e a Organização Social Idetech. Conforme foi divulgado na coluna Giro do Jornal O Popular, assinada pelo jornalista Jarbas Rodrigues Jr, o contrato nº 24/2012, foi reajustado em quase 90%, passando de R$ 66 milhões/ano para mais de R$ 126 milhões. O  número de atendimentos à população, entretanto, permanece inalterado, não havendo, em tese, motivos que justifiquem o aumento. Segundo José Nelto, os aditivos dos contratos de gestão dos hospitais públicos a cargo das OSs em Goiás ultrapassam R$ 160 milhões em apenas um ano. Segundo Nelto, isso é inadmissível. A coluna Giro apurou que 7,8 mil atendimentos foram realizados no HGG em dezembro de 2012 e 7,1 mil em dezembro 2014. O número de internações manteve-se inalterado. Pelo novo valor a ser pago a Idetech cada atendimento custará aos cofres públicos a importância de R$ 1,485,92. Depois de veiculada a reportagem o Secretário Estadual da Saúde, Leonardo Vilela, editou portaria suspendendo por tempo indeterminado todos os reajustes nos valores dos contratos das organizações sociais para a gestão de hospitais no estado. A medida, entretanto, não interrompe as investigações do Ministério Publico, que estarão a cargo do combativo promotor de justiça, Fernando Krebs. A administração dos hospitais públicos de Goiás por Organizações Sociais (OSs) têm sido alvo de críticas da oposição e de boa parte da população, sobretudo pela diminuição nos atendimentos prestados pelos hospitais. No Hospital de Urgências de Goiânia, maior hospital público do estado, por exemplo, 800 atendimentos/dias eram realizados antes da sua gestão passar para a OS. Hoje são atendidos em média 190 pessoas por dia. Esse fato tem sobrecarregado o atendimento nos CAIS da capital e gerado caos no sistema de saúde do estado.

quinta-feira, 26 de março de 2015

SIMVE inconstitucional: a irresponsabilidade de Marconi Perillo.

A inconstitucionalidade do Serviço de Interesse Militar Voluntário de Goiás - SIMVE, declarado hoje pelo plenário do STF, não é uma surpresa para Marconi Perillo (PSDB), Governador de Goiás. Desde a sua implantação, Perillo e sua turma tinham plena convicção de que o modelo de policial temporário criado pela lei goiana, era inconstitucional. Em outubro de 2013 a Procuradoria Geral do Estado, atendendo solicitação do Comandante Geral da Polícia Militar, Cel. Silvio Benedito Alves, manifestou pela ilegalidade da prestação de serviços operada pelos policiais temporários. Marconi Perillo deu de ombros e continuou nomeando os SIMVEs. Desde a aprovação na Assembleia Legislativa, o Promotor de Justiça Fernando Krebs questionou a constitucionalidade da lei que instituiu o SIMVE. Em janeiro do ano passado, a juíza Suelenita Soares Correa, da 2ª Vara da Fazenda Pública do Estado de Goiás, acatando pedido do MPGO, determinou, em caráter liminar, que os soldados temporários fossem desligados imediatamente e que novos contratos temporários não fossem celebrados pelo estado. Mais uma vez, Marconi fez cara de paisagem. Em sua defesa, Perillo alardeava falsamente que os SIMVEs eram responsáveis pela diminuição da criminalidade no Estado, principalmente em Goiânia. Balela pura. A admissão dos temporários não foi suficiente para conter a onda de violência que assola Goiás e que já colocou Goiânia entre as cidades mais violenta do mundo. Hoje, depois de pouco mais de dois anos, o SIMVE foi declarado inconstitucional pela corte maior do país. Em breve 2,4 mil homens estarão nas ruas, com conhecimento militar e totalmente familiarizados com as rotinas da Polícia Militar de Goiás. Será uma verdadeira força paramilitar à disposição no "mercado" goiano. A responsabilidade pelas eventuais consequências dessa aberração é única e exclusiva de Marconi Perillo, e é necessário que a imprensa e a oposição em Goiás não tenham parcimônia em dizê-lo. Marconi ignorou os pareceres de sua própria PGE e fez ouvidos moucos para as recomendações do Ministério Público e da própria justiça goiana. Ao insistir na ilicitude do SIMVE, Marconi, agindo ao arrepio da constituição, criou um grave problema para a segurança pública do estado de Goiás.   

STF julga flagrantemente inconstitucional o SIMVE em Goiás.

Por unanimidade dos seus membros presentes, o Supremo Tribunal Federal - STF, julgou, na tarde desta quinta-feira, 26/03, flagrantemente inconstitucional o Serviço de Interesse Militar Voluntário do Estado de Goiás, o chamado SIMVE. A ADI 5163, objeto de representação do Procurador Geral da República, declarou imprestável, do ponto de vista constitucional, a Lei 17.882/12 do Governo goiano, que criou o policiais temporários com atribuições incompatíveis com o que estabelece a Lei Federal 10.029/00 e a própria Constituição do Brasil. Entre outras inconstitucionalidades, o PGR asseverou em sua representação que a lei em questão invadia competência privativa da União para legislar sobre normas gerais de organização das policias militares (Art. 22, XXI da CF/88). Ainda segundo o PGR, Rodrigo Janot, ao conferir porte de arma de fogo aos soldados temporários, a famigerada lei goiana afrontava o dispositivo federal que regulamenta a prestação voluntária de serviços administrativos e de serviços auxiliares de saúde e defesa civil nas policias militares e bombeiros militares. Na votação que declarou o SIMVE inconstitucional, os Ministros fizeram questão de chamar a atenção para o "flagrante desrespeito à constituição" da Lei combatida. Em sua defesa, o Estado de Goiás, por falta de argumentos jurídicos, optou por tentar sensibilizar os ministros do Supremo para o perigo de se retirar 2,4 mil policiais das ruas de uma das cidades mais violentas do mundo e nesse interim pediu que fosse concedido um prazo para se adequar a decisão do STF. A modulação, como é chamada o estabelecimento do momento da eficácia da decisão, apresentada pelo Relator, Min. Luiz Fux, foi de 8 meses, mas a decisão quanto a essa questão foi suspensa para que o Min. Ricardo Levandowski, ausente na seção de hoje, apresente seu parecer. 

quarta-feira, 25 de março de 2015

Marconi Perillo (PSDB) envia projeto à Assembleia que retira direitos dos Servidores Públicos

A proximidade de Marconi Perillo (PSDB), Governador de Goiás, com a Presidente da República, Dilma Roussef (PT), pode explicar a disposição do executivo goiano de retirar direitos dos servidores para, supostamente, cobrir o rombo nas contas do estado. Assim como Dilma, que mudou as regras do seguro-desemprego, abono salarial e auxílio-doença, Marconi Perillo enviou à Assembleia Legislativa do Estado, no último dia 20 de março, projeto de lei que "altera e acresce dispositivos às Leis 10.460/88 - Estatuto dos Servidores Públicos do Estado de Goiás, e Lei 13.909/01". Com o projeto, Perillo pretende mudar as regras para o pagamento da gratificação por tempo de serviço do pessoal amparado pelos respectivos diplomas legais, os chamados quinquênios. Se aprovada a proposta, o pagamento das gratificações será feito a partir do mês de janeiro subsequente ao ano em que cada quinquênio for completado e não mais a partir do dia de sua implementação, como é direito do servidor (art. 170 § 1º da Lei 10.460/88). Tal medida importa, na pior das hipóteses, em até um ano de gratificações que poderão deixar de ser pagas aos trabalhadores que porventura completem o direito de recebê-las em janeiro, por exemplo. O projeto altera, ainda, as regras para as faltas ao serviço passíveis de serem abonadas, as quais não poderão exceder a três faltas mensais e/ou dezoito no ano, mesmo com apresentação de atestados médicos. A justificativa do Governo de Goiás é a "racionalização dos custos da máquina pública", segundo o projeto. Na realidade isso representa uma clara violação dos direitos adquiridos dos trabalhadores, que estarão sendo responsabilizados pelo descalabro financeiro em que se encontra o estado de Goiás, sobretudo pela má gestão e desperdício de dinheiro público ocorrido nos últimos quatro anos. Não é aceitável que o servidor seja compelido a contribuir com parte do seu salário para cobrir o déficit de um governo que, anunciando arrocho, perdoa mais de R$ 1,3 bilhões em dívidas dos seus apaniguados políticos. Lamentavelmente o servidor público não poderá contar com a altivez dos senhores deputados, já que, há muito tempo, a Assembleia ser tornou mera chanceladora das aberrações enviadas pelo executivo. Espera-se, contudo, que, uma vez aprovado tal projeto, o Ministério Público possa conter tamanho absurdo. 

sábado, 21 de março de 2015

No twitter, Senador Caiado acusa Marconi Perillo de oportunista e de agir como corrupto.

Usando sua conta no Twitter, o senador goiano Ronaldo Caiado (DEM), acusou o Governador de Goiás, Maconi Perillo (PSDB) de ser oportunista e demagogo, além de sugerir que o tucano age como corrupto. A fala do senador deve-se aos afagos que Marconi protagonizou à Presidente Dilma Roussef em sua visita à Goiânia na última quinta-feira, em evento de lançamento do BRT na capital goiana. Contrariando a cúpula do partido, Perillo teceu elogios a petista, que enfrenta um conturbado momento político, inclusive com a possibilidade de impeachment, cogitada pelo próprio PSDB. Para Caiado, "goianos e brasileiros já tiraram suas conclusões sobre o fatídico episódio que Marconi preferiu afagar Dilma e mandar a PM apreender panelas". O episódio da apreensão das panelas a que se refere o senador aconteceu quando uma manifestante que portava panelas foi obrigada a entregar os utensílios a um Policial Militar, que supostamente cumpria ordens do próprio Marconi. Um dia após o ocorrido, conforme foi divulgado pela imprensa, o mesmo governador, que ordenou que a polícia militar evitasse manifestações anti-Dilma durante a cerimônia, mandou o comando da PM afastar o policial que apreendeu as panelas. Num dos post no Twitter, Caiado diz que "oportunista é o único adjetivo que veste Marconi. Assim como todo político corrupto". Sobre a atitude política do governador, o senador diz que "Marconi desrespeita seu partido ao defender Dilma. Se diz estadista republicano e não oposição" e pergunta: "quer dizer que ele (Marconi) acha o PSDB golpista?". A verdade é que não há coerência nos elogios que Marconi Perillo fez à Presidente Dilma, já que há aproximadamente duas semanas, em encontro do PSDB em São Paulo e na presença da cúpula tucana, o governador fez duras críticas à petista. 

sexta-feira, 20 de março de 2015

Discurso oportunista e demagógico de Marconi Perillo (PSDB) irrita a cúpula tucana.

No momento em que a popularidade da Presidente Dilma atinge seu pior índice desde que assumiu em 2011 e a oposição engrossa o coro das ruas e pede seu impeachment por suposta participação no escândalo na Petrobrás, Marconi Perillo (PSDB), governador de Goiás, surpreende e adota discurso de apoio à petista. Durante solenidade de lançamento do BRT em Goiânia no Paço Municipal, obra que custará R$ 320 milhões, recursos oriundos de parceria firmada entre a União e o município de Goiânia, Marconi Perillo distribuiu afagos à Presidente e contrariou a cúpula do PSDB nacional. O partido, que é a maior e mais ferrenha oposição ao governo de Dilma Roussef, tem sido o responsável  por cobrar responsabilidades do governo petista e engrossado o coro daqueles que pedem, senão a renúncia, o impeachment de Dilma. "Sou de um outro partido, que as vezes faz oposição à senhora, mas eu não", disse Perillo em meio a vaias e aplausos durante a cerimônia. Mais adiante, surpreendendo os presentes, o tucano disse que reconhece o trabalho desenvolvido por Dilma e expressou isso de forma que causou inveja no mais vermelho dos petistas: "nunca ninguém ouviu aqui em Goiás uma palavra minha que não fosse de respeito e de reconhecimento ao trabalho de Vossa Excelência". A cúpula tucana estranhou. Segundo publicou o Blog do Josias, um tucano de alta plumagem disse que Marconi atirou no pé: "Numa hora em que o PSDB adiciona pimenta no seu vatapá, o Marconi vem dizer que o partido às vezes faz oposição. Enquanto nos esforçamos para aproximar nosso discurso do sentimento de aversão das ruas pelo governo Dilma, nosso companheiro fala do respeito e do reconhecimento ao trabalho dela. É demais!". Para o tucanato, "Marconi escolheu uma péssima hora para corresponder aos que não têm nenhum motivo para confiar nele". Igual sentimento tomou os eleitores de Perillo, que estiveram entre os mais de 60 mil goianos que foram às ruas gritar "Fora Dilma". Sentimento predominante nas redes sociais é que Marconi traiu nó só o partido como os milhares de eleitores que lhe conduziram ao quarto mandato. Outra corrente entende que Marconi faz, na realidade, uma defesa prévia de si mesmo. Assim como Dilma, Perillo cometeu os mesmos estelionatos eleitorais em Goiás. Mentiu durante toda a campanha, quando disse que as finanças do estado estavam equilibradas e que o cenário era de tranquilidade. Vencida as eleições, no entanto, as obras, com as quais amealhou grande parcela dos seus votos, foram paralisadas. O déficit do estado atingiu cifras bilionárias e a capacidade de investimento é zero. A nova SEFAZ-GO, inclusive, já acena com a impossibilidade de pagar o data-base do funcionalismo público, acertada para maio. Ao elogiar Dilma, Marconi quer se livrar do "chumbo trocado" e evitar receber as mesmas cobranças que o PSDB nacional faz ao governo da Presidente. Senso comum, é que o discurso de Marconi Perillo soa oportunista e demagógico, cujo único resultado concreto, até agora, foi o de despertar a ira tucana, o que fará com que seja visto com muita desconfiança dentro do partido de agora em diante.

quarta-feira, 18 de março de 2015

MP/GO instaura inquérito para apurar se lei sancionada por Perillo beneficiou indevidamente a Friboi.


O Ministério Público de Goiás, através da promotora Leila Maria de Oliveira, da 50ª Promotoria de Justiça, instaurou inquérito civil público para investigar a conduta de Marconi Perillo e do Legislativo goiano quanto a aprovação e sanção da Lei 18.709/14 que beneficiou a empresa JBS, holding que administra a marca Friboi, de José Batista Júnior, o Júnior Friboi, em mais de R$ 1 bilhão no fim do ano passado. A partir de representação feita pelo PSOL, o MP/GO irá investigar se a famigerada lei teve a intenção exclusiva de beneficiar indevidamente a JBS, que teve perdoado aproximadamente 77% dos seus débitos de ICMS com o estado de Goiás. A Lei, que teve tramitação recorde na Assembleia, foi sancionada pelo Governador Marconi Perillo em 22 de dezembro de 2014, publicada no DOE no dia 26 do mesmo mês, e sua validade foi até 29 de dezembro. Entre feriados e pontos facultativos a lei, apelidada de Lei Friboi, teve eficácia de apenas 3 dias e nenhuma publicidade para que outros contribuintes em condições semelhantes à JBS pudessem aderir ao programa. Com os benefícios da lei, agora questionada pelo MP/GO, os débitos da empresa JBS, que eram de aproximadamente R$ 1,3 bilhões, foram reduzidos para R$ 320 milhões, dos quais apenas R$ 150 milhões foram pagos à vista e o restante parcelados em 60 meses. Na representação levada ao MP/GO, o PSOL suspeita que houve interesses eleitorais na aprovação da lei, já que Júnior Friboi, ex-pré-candidato ao governo na eleição passada pelo PMDB, apoiou publicamente o então candidato a reeleição pelo PSDB, Marconi Perillo. A promotora ressalta que o código tributário nacional, em seu artigo 172, "estabelece que a lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder remissão total ou parcial do crédito, atendendo a determinados critérios, entre eles a situação econômica do sujeito passivo ou a diminuta importância do crédito tributário, o que aparentemente não corresponde à situação da empresa beneficiada". Se ficar provado que houve benefícios indevidos, Perillo pode ser condenado a devolver aos cofres públicos o montante perdoado, além de responder por improbidade.     

segunda-feira, 16 de março de 2015

Em artigo, Fabiana Pulcineli diz que a Presidente da Acieg, Helenir Queiroz, faz politicagem.

Jornalista Fabiana Pulcineli (à esquerda) e Helenir Queiroz, Pres. ACIEG

Em artigo publicado hoje, 16/03, no Jornal O Popular, a jornalista Fabiana Pulcineli diz que a atual presidente da Associação Comercial,  Industrial e de Serviços do Estado de Goiás - ACIEG, Helenir Queiroz, faz politicagem. No artigo intitulado "Caindo na real", Pulcineli discorre sobre as manifestações de ontem, 15 de março, ocorridas em todo o Brasil e que em Goiânia reuniu aproximadamente 60 mil pessoas, segundo a polícia militar. Na última parte de sua análise, a jornalista diz que "pegou mal" o fato da dirigente classista subir num carro de som e pregar o impeachment da presidente Dilma, além de incitar o público contra o Partido dos Trabalhadores. Segundo Fabiana, é normal e saudável que entidades representativas dos setores produtivos participem de manifestações, "mas quando a dirigente da Acieg, Helenir Queiroz, sobe em um carro de som com uma grande faixa estendida pregando o impeachment e inicia o discurso dizendo "quem não pula, é petista", sua situação vira politicagem", escreve Pulcineli. Encerrando, a analista política número um de Goiás, diz que a atitude da dirigente "afeta a legitimidade da entidade na negociação com todas as gestões". Em sua defesa, Helenir Queiroz disse que não foi ela quem falou as palavras de ordem. "Trata-se de uma inverdade", disse a dirigente na sua página no Facebook. Sem ceder às críticas da jornalista, Helenir, após negar que tivesse sido ela a puxar o coro de "quem não pula, é petista", pergunta em tom de enfrentamento: "qual o problema (se tivesse sido eu)? Sou líder de uma classe que está muito insatisfeita com a condução do país". Entre palavras de apoio, Helenir Queiroz também foi questionada por internautas da sua ligação com o Governo Estadual e de estar fazendo política partidária dentro da entidade que dirige. "A sra. esteve na câmara para pressionar os vereadores na votação do IPTU, mas não esteve na Assembleia quando foi votado o aumento do IPVA ou no Palácio para reclamar da "lei de uma semana" que perdoou a dívida da JBS e deixou de arrecadar R$ 1 bilhão para os cofres públicos", questionou um internauta em comentário feito na página da presidente da ACIEG. 

STF julga no dia 26 de março ADI que questiona constitucionalidade do SIMVE em Goiás.

Será julgada no próximo dia 26 de março, pelo plenário do Supremo Tribunal Federal - STF, a ADI nº 5163, na qual a Procuradoria Geral da República - PGR, questiona a validade da Lei Estadual goiana nº 17.882/12, que instituiu o Serviço de Interesse Militar Voluntário Estadual - SIMVE, na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros do Estado de Goiás. Na ação, a PGR afirma que a referida lei "invade competência privativa da União para legislar sobre normas gerais de organização das polícias militares (Constituição da República, art. 22, XXI), estabelece contratação temporária e estende o exercício da segurança pública fora das hipóteses previstas nos arts. 37, II e IX, e 144 da Constituição". Ainda segundo o PGR, a inconstitucionalidade da lei atacada está presente no fato de restringir ingresso no SIMVE a candidatos residentes em Goiás, além de conferir porte de arma de fogo aos integrantes do SIMVE, em flagrante desrespeito a Lei Federal 10.029 de 20 de outubro de 2000, que regulamenta a prestação do serviço militar voluntário. Prevendo a derrota no STF, o governo de Goiás, que já havia sofrido revés na justiça goiana, manifestou pela improcedência da ação, mas requereu a aplicação do art. 27 da Lei 9.868/99, que autoriza o STF, por maioria de dois terços de seus integrantes e em caso de verificado excepcional interesse social, decidir que a declaração de inconstitucionalidade só tenha eficácia a partir do seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado. É o chamado efeito "ex-nunc", que quer dizer "de agora em diante". Em Goiás cerca de 2.500 excedentes do último concurso da PM/GO, que se declaram "concursados", haja vista terem cumprido todas as etapas da seleção, aguardam com ansiedade o julgamento da ADI. Às vésperas da últimas eleições, Marconi Perillo, governador de Goiás, chegou a garantir que convocaria todos os excedentes, mas, tão logo foi eleito, mudou o discurso e disse que só os nomearia se a lei o obrigasse. De lá pra cá mais 300 soldados voluntários foram integrados à Polícia Militar, chegando a 2,6 mil o contingente de soldados temporários no estado. A PGR e AGU já manifestaram pela inconstitucionalidade da lei estadual. Diferente do que é alegado pelas autoridades de segurança pública de Goiás, o SIMVE não foi capaz de reduzir os indicadores de violência no estado.   

sábado, 14 de março de 2015

Vanderlan Cardoso (PSB) tenta aliança com Marconi Perillo(PSDB), diz jornal.

Parafraseando o jornalista baiano Luiz Brito, em artigo publicado no Blog "Bob/Charles", "em política, por vezes só é possível tornar inteligível e acessível à compreensão o comportamento presente de determinados atores políticos se fizermos um esforço de projeção sobre o futuro de seus próprios projetos e os de seu grupo", e arremata: "mas o povo e sua sabedoria encontram sempre uma maneira para sintetizar com precisão cirúrgica o que entende sobre tais comportamentos: onde há fumaça há fogo". Vanderlan Cardoso (PSB), ex-prefeito de Senador Canedo e ex-candidato ao governo de Goiás, tem se revelado uma incógnita política. A princípio se definia como uma "terceira via" viável a um projeto político para o estado de Goiás. Hoje tem uma oposição contraditória: "não sou governo nem oposição", afirma. Desde o fim do primeiro turno da eleição majoritária em Goiás, no ano passado, Vanderlan assumiu, segundo ele, uma posição de neutralidade no processo sucessório do estado. Muitos enxergaram fumaça na atitude do ex-candidato. Muitos viram a suposta neutralidade de Vanderlan como uma abstenção tendenciosa, senão de apoio literal a Marconi Perillo, uma forma de enfraquecer a oposição, naquele momento representada por Iris Rezende Machado. O senso comum era de que, em se pretendendo grande na política regional, Vanderlan deveria sim assumir um lado, ter posição definida e continuar defendendo seus projetos. A tal neutralidade soou incoerente e o cume do muro, escalado por Cardoso aquela altura, passou a ser visto como uma forma de não desagradar o governador e garantir um futuro apoio para o projeto de poder do PSB em Goiás. Durante a semana que passou, várias pílulas pinçadas nos jornais da capital davam conta de que Vanderlan estaria cada vez mais perto de Perillo. Hoje, em matéria publicada no Diário da Manha, assinada pelo jornalista Helton Lenine, Vanderlan assume que só não integrará a base do governador se esse não quiser. "aceitaria sim o apoio do Marconi numa eleição para prefeito de Goiânia", disse. Vanderlan se apequena: a uma, porque mendiga o apoio de Marconi Perillo; a duas, porque o eleitorado goiano, e por consequência o goianiense, via nele uma terceira via de fato, uma outra oposição ao Governador Marconi Perillo. Ao ajoelhar-se ao rei, Vanderlan joga por terra sua carreira política e se iguala aos fisiológicos que cercam o Palácio. 

quinta-feira, 12 de março de 2015

Pressionado pelo MP/GO, Paulo Garcia cancela contrato de iluminação pública em Goiânia.

É consenso entre jornalistas, políticos e funcionários que Paulo Garcia (PT), Prefeito de Goiânia, é um bom sujeito. Dizem que é educado, atencioso e até mesmo prestativo. Enfim, Paulo Garcia é um bom companheiro. Entretanto, quando se trata de avaliar o político Paulo Garcia, a coisa muda de figura. Nessa seara, Garcia é tido como "turrão" e fechado ao grito das ruas. Assim como em 2012, quando a Prefeitura de Goiânia foi obrigada a romper contrato com empresa responsável pela manutenção do asfalto da cidade, o MP/GO, através do Promotor Fernando Krebs, determinou que Paulo Garcia cancelasse, imediatamente, o contrato firmado com a empresa Luz Urbana Engenharia, cujo objeto era a manutenção da iluminação pública da capital. Na última quarta-feira, 11/03, o Prefeito comunicou ao Ministério Público a rescisão do referido contrato. O instrumento firmado com a empresa paulista, que previa a troca e manutenção de pontos de iluminação pública em Goiânia, teria duração de 6 meses e o valor ultrapassava os R$ 18 milhões. A contratação, feita em caráter emergencial e por dispensa de licitação, visava, segundo o Prefeito, atender decisão judicial provocada pelo próprio MP/GO, que mandava a Prefeitura substituir todas as lâmpadas queimadas e pontos de iluminação com defeito no prazo máximo de 90 dias. Após denúncia do Vereador Elias Vaz (PSB), o Promotor Krebs entendeu que o contrato era lesivo ao erário municipal e recomendou a imediata rescisão do mesmo, sob pena de responsabilização do Prefeito Paulo Garcia. A Prefeitura alegava que a COMURG, empresa estatal que já fazia o serviço, não teria condições técnicas e estruturais para cumprir a ordem judicial. Entretanto, segundo o promotor, com a terceirização os serviços ficariam até três vezes mais caro para o erário e que a alegação de que a estatal municipal não teria condições de fazer o serviço era apenas uma meia verdade para justificar a malfadada contratação. Não se entende é como Paulo Garcia, prefeito em segundo mandato, cercado de assessores e reconhecido como uma pessoa de bom senso, aja de forma contrária aos princípios que regem a administração pública, tal como o princípio da razoabilidade. Sempre que lança mão do expediente da dispensa de licitação, Garcia é obrigado a recuar, o que tem maculado sua carreira política como executivo municipal. Foi assim com a Ecotech em 2012, foi assim com a Luz Urbana em 2015 e outro contrato, autorizado pelo Prefeito, também por dispensa de licitação, firmado entre a SMT e a Lig Móbile é objeto de denúncia de irregularidade, feita pelo vereador Djalma Araújo (SDD). Paulo Garcia sofre as consequências de uma mau assessoria e de influências de companheiros sem mandato, famosos por enterrar carreiras políticas em Goiânia. Com uma comunicação deficiente, Garcia não consegue maximizar politicamente seus feitos na cidade, que são relevantes, diga-se de passagem, e sobra-lhe, apenas, a pecha de pior prefeito que Goiânia já conheceu. 

terça-feira, 10 de março de 2015

Delegado Waldir sai em defesa do Pe. Luiz e insinua que, na Assembleia, milhares recebem sem trabalhar.

Em texto confuso, publicado na sua página do Facebook, o Deputado Federal Waldir Soares, ou simplesmente Delegado Waldir, eleito com mais de 274 mil votos em Goiás, saiu em defesa do Padre Luiz Augusto Ferreira, que é funcionário fantasma da Assembleia Legislativa de Goiás há mais de 20 anos, segundo levantamentos feito pelo Jornal O Popular no início do mês. Pe. Luiz, como é conhecido o padre que arrebata multidões para suas missas, campeão na arrecadação do dízimo em Goiás e grande tocador de projetos sociais, principalmente voltados para a recuperação de dependentes químicos, recebe salário de R$ 11,8 mil da Assembleia, onde é lotado na Diretoria Parlamentar, e desde 1995, quando foi ordenado padre, nunca mais compareceu ao serviço. Segundo o Deputado, a imprensa "massacrou" o padre, já chamado de "padre fantasma", e que "pelo destaque, mais parecia o maior criminoso de Goiás". Waldir, que escreve com reticências entre as palavras, diz que "nem investigados no mensalão, petrolão tiveram visibilidade na mídia... foi massacrado... foi execrado". Eleito com a retórica populista de que "bandido bom é bandido morto", o delegado tenta minimizar o crime supostamente praticado pelo Padre Luiz, que em tese, em se confirmando as denúncias de ter recebido sem trabalhar, caracteriza o crime de peculato e enriquecimento ilícito, e tenta impor a falácia de que ele não é o único. "Quero ver se este caso, por tratar-se de um padre famoso, se vai virar "bode expiatório", pergunta o Deputado, intimando à atirar a primeira pedra "o puro, o santo". Segundo o homem do "45 do calibre e 00 da algema... para o bandido", muitos agem, ou agiram, como o padre Luiz. Entretanto, o delegado que sempre foi intransigente com o crime, que chamou alunos da UFG de "clientes" e sempre defendeu linha dura contra "bandidos", esquece-se que crime é crime mesmo quando muitos ou todos o praticam, inclusive os amigos de deputados.


O texto no Facebook você pode ler clicando aqui   

Para evitar o constrangimento da expulsão, Frederico Jayme pede desfiliação do PMDB.

Frederico Jayme, fora do PMDB.

Revelou-se pura verborragia a veemência de Frederico Jayme ao dizer que o PMDB não teria moral para expulsá-lo. O chefe de gabinete de Marconi Perillo, que, embora integrante do PMDB em Goiás, apoiou publicamente o PSDB nas eleições de 2014 em detrimento do candidato do partido, Iris Rezende, protocolou, ontem, seu pedido de desfiliação da legenda oposicionista. Frederico insistia em manter-se filiado ao PMDB mesmo trabalhando na ante-sala do governador Marconi Perillo, principal adversário político do partido. Sabendo que a expulsão era irreversível, Frederico Jayme se antecipou e resolveu deixar o PMDB. Segundo o marconista, ao ser informado da notificação para apresentar defesa no processo de expulsão, "percebeu que deveria sair do PMDB porque as cartas estavam "marcadas". A verdade, entretanto, é que Jayme tinha consciência de que sua atitude feria de morte o estatuto do partido e que a pena a que se sujeitara quando apoiou Marconi Perillo, era a expulsão. O que o agora ex-peemedebista fez foi evitar ser colocado pra fora do partido que o possibilitou construir uma carreira política. Com a expulsão de Jayme, o PMDB dá um grande passo para reaver seus ideais que o consagraram como o maior partido de oposição no estado. O próximo que deve ter o mesmo destino de Frederico Jayme é o ex-pré candidato ao governo de Goiás pelo PMDB, Júnior Friboi, que também apoiou o candidato do PSDB ao governo nas eleições passadas. Emissários do Conselho de Ética do PMDB tentam encontrar Friboi para notificá-lo do processo de infidelidade partidária e intimá-lo a apresentar defesa. Segundo fontes ligadas ao partido, Friboi tem agido para evitar ser notificado e assim ganhar tempo para negociar sua desfiliação. Ocorrendo, também, a desfiliação do empresário, se encerrará a conturbada passagem de Friboi pelo PMDB, o que para muitos analistas foi uma estratégia usada pela situação em Goiás para dividir e enfraquecer o PMDB goiano.

segunda-feira, 9 de março de 2015

Com vistas ao Paço, José Nelto, líder do PMDB na Assembleia, reúne-se com o PT de Rubens Otoni.

Na tarde dessa segunda-feira, 09, na sede do Diretório Estadual do PMDB, o Deputado Estadual, José Nelto, líder do partido na Assembleia, reuniu-se com representantes do Partido dos Trabalhadores (PT), tendo em vista a formação de alianças para a disputa da Prefeitura  de Goiânia, em 2016. Nelto fez questão de enfatizar que trabalha para a construção de um projeto "onde a chapa formada por essa aliança possa disputar, e vencer, a eleição num jogo limpo, num jogo honesto". Para o peemedebista, que defende abertamente a expulsão de Júnior Friboi das fileiras do partido, por ter apoiado o candidato adversário nas eleições de 2014, o candidato da coligação ao Paço "deve ter convicção que em 2018 ele estará conosco apoiando o nosso candidato ao governo do estado de Goiás". Nelto diz ter conversado, além do PT, com o Solidariedade de Armando Vergílio, com o DEM do Senador Ronaldo Caiado, um dos mais proeminentes aliados do PMDB em Goiás, e continua buscando alianças com partidos de oposição no estado. O líder do PMDB fez questão de frisar que irá pessoalmente até Iris Rezende comunicá-lo do projeto peemedebista, das alianças que o partido está buscando, deixando claro que o objetivo é ter candidato efetivamente de oposição ao palácio das esmeraldas. A aliança pretendida por José Nelto esbarra num ponto crucial, que pode inviabilizar o sucesso do seu projeto: Caiado e o PT são como água e óleo. Deduz-se, portanto, que ao receber os representantes do PT, Nelto o tenha feito muito mais por educação do que por propriamente interesse de manter a aliança, já que entre Caiado e o PT, o PMDB não teria a mínima dúvida em escolher o democrata, que já desponta como nome certo para o governo de Goiás em 2018.

Vanderlan (PSB) nega alinhamento com Marconi Perillo (PSDB), diz o Blog do Bordoni.



Notícia de que Vandelan Cardoso (PSB), ex-candidato ao governo de Goiás, teria acertado composição com o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), foi tema de discussão nas redes sociais na manhã desse domingo. A informação de que Vanderlan estaria de malas prontas para integrar a base de Marconi partiu do jornalista e blogueiro Luiz Carlos Bordoni. Bordoni, que assina o Blog homônimo, escreveu dizendo que "Vanderlan Cardoso, ao atrelar-se ao totalitarismo reinante, se autorremete ao bloco dos agachados. Revela-se farinha de mesmo saco". O áspero texto do jornalista deveu-se a informação que lhe chegou, segundo ele, através de terceiros, dando conta da adesão do ex-prefeito de Senador Canedo ao projeto de Perillo de esvaziar a oposição goiana, cuja mais ousada pretensão é tomar o PMDB de Iris Rezende pelas mãos de Friboi. A notícia, negada veementemente por Gercyley Batista, vice-presidente do PRP goiano e aliado de Vanderlan nas últimas eleições, foi de fato negada pelo próprio Bordoni, que desculpou-se dizendo ter sido traído por um "coleguinha confiável". No Twitter, Bordoni sugeriu que Vanderlan se apresse em ter ao seu lado um assessor de imprensa. Segundo o jornalista, isso evitaria versões plantadas e não rebatidas. Mais tarde, em novo artigo, Bordoni confirmou que Vanderlan Cardoso negara, com todas as letras, qualquer alinhamento com Perillo. Ainda que não tenha existido o tal alinhamento, as palavras de Bordoni, ditas e ecoadas, merecem a exegese de Vanderlan, que assim poderá evitar um desgaste que, inevitavelmente, o levaria a enterrar sua carreira política em Goiás. Ademais, se a intenção de Vanderlan é de fato ser reconhecido como um grande político no estado, que apareça e não se permita ser visto como omisso. "No silêncio de um prospera a versão que interessa ao outro", ensina o jornalista.

sexta-feira, 6 de março de 2015

Deputado Henrique Arantes diz que no governo de Marconi Perillo tem "pessoas à toa".

Henrique Arantes, Deputado Estadual (PTB)

O Deputado Estadual Henrique Arantes (PTB), ex-secretário de Cidadania e Trabalho do terceiro governo Marconi Perillo e filho do Deputado Federal Jovair Arantes, também do PTB, disse hoje na coluna Giro do jornal O Popular, que no atual governo de Perillo tem gente "à toa" que se ocupa em destruir a base aliada. Segundo o deputado, que tem sinalizado que votará contra o governo na Assembleia Legislativa de Goiás, "está extremamente abalada a relação entre o governador e o deputado Jovair Arantes, que desde o início do ano não quis receber o presidente do nosso partido (o PTB)". Esse é mais um capítulo na conturbada relação entre Perillo e seus outrora aliados. Desde o início desse quarto mandato, Marconi tem tratado com arrogância àqueles que o ajudaram na reeleição. No início de janeiro, informado da insatisfação de Jovair, por não ter sido consultado para a formação do atual governo, o governador tucano foi curto e grosso: "quem quiser governar que se candidate e ganhe a eleição", teria dito Perillo num claro recado ao petebista. De lá pra cá a coisa só piorou. Essa semana Jovair Arantes disse que o PTB não tem compromisso com ninguém, sinalizando que pode deixar a base de sustentação do governador Marconi Perillo. Ao jornalista Jarbas Rodrigues Jr, Henrique Arantes teria dito que "não tem ajudado também o fogo amigo de pessoas à toa no governo que só querem ver o circo pegar fogo". Em passado recente o hoje Deputado Federal Giuseppe Vecci, no comando da SEGPLAN, disse que no governo daquele época havia bandidos, que não estudavam e não trabalhavam. Instado a dar nome aos bois, Vecci preferiu se calar. Seria interessante, para toda a sociedade, que o Deputado Henrique Arantes nominasse essas pessoas à toa que integram o governo de Marconi Perilo.

quinta-feira, 5 de março de 2015

Chamem o Padre Quevedo: o padre é um fantasma!

Pe. Luiz (Foto Jornal O Popular)

Reportagem do jornal O Popular de hoje, 05/03, traz uma revelação estarrecedora do ponto de vista moral: o padre fantasma. O Pe. Luiz Augusto Ferreira, ou simplesmente "Padre Luiz", conhecido por suas inúmeras obras sociais e por levar multidões às celebrações, principalmente quando esteve à frente da Paróquia Sagrada Família, na Cidade Jardim em Goiânia, confessou que é funcionário da Assembleia Legislativa de Goiás há mais de 20 anos e que, desde que foi ordenado padre, nunca deu expediente naquela casa de leis. Segundo a reportagem, o salário do padre é de R$ 11,8 mil e ele está lotado na Diretoria Parlamentar. Em sua defesa, Pe. Luiz diz que está de licença desde 1995, quando foi ordenado padre e que nunca sacou um centavo do que foi depositado em sua conta. Tentando justificar o recebimento indevido dos salários na Assembleia, o pároco, hoje responsável pela Igreja Santa Teresinha do Menino Jesus, em Aparecida de Goiânia, diz que o dinheiro será usado para construção de um centro para tratamento de dependentes químicos. Ainda segundo o religioso, ele tentou pedir demissão por pelo menos oito vezes, mas nunca foi atendido. A revelação da condição de funcionário fantasma do religioso é estarrecedora pelo fato de que, em todo seu ministério de fé, Pe. Luiz tem pregado a observância da moral e aconselhado seus fiéis à prática incondicional da honestidade como condição do perdão e da Glória de Deus. Conhecido como o evangelizador das multidões e campeão em arrecadação de dízimo em Goiás (fala-se que a arrecadação mensal do dízimo na Paróquia Sagrada Família chegou a R$ 450 mil), Pe. Luiz foi afastado da comunidade Sagrada Família em maio de 2011, onde conseguia reunir 20 mil pessoas em uma única missa, e até hoje a Igreja não se manifestou claramente sobre o motivo que ensejou tal transferência. Na época, por recomendação do arcebispo de Goiânia, Dom Washington Cruz, Pe. Luiz foi obrigado a assinar um documento que o proibia de celebrar missa para o público. Em fevereiro de 2013 o hoje "padre fantasma" envolveu-se em outra polêmica, quando foi visitar o acusado de mandar assassinar o radialista Valério Luiz, Maurício Sampaio, na carceragem da delegacia de homicídios em Goiânia. Confrontado com o pai da vítima, Mané de Oliveira, que o acusava de não ter agido com a mesma deferência para com sua família, Pe. Luiz disse, na época, que culpado ou inocente, não deixaria de ser grato por todo o bem que Sampaio faz nas suas obras de caridade.

terça-feira, 3 de março de 2015

Sem política de segurança pública, crimes continuam crescendo em Goiânia.

Considerada a 23ª cidade mais violenta do mundo em levantamento realizado pelo Conselho para a Segurança Pública e Justiça Criminal, do México, Goiânia continua fazendo jus ao horroroso título nos dois primeiros meses de 2015. Segundo reportagem de O Popular, já foram registrados 103 homicídios na capital de Goiás nos meses de janeiro e fevereiro do corrente ano. O aumento dessa modalidade de crime foi de 9,3% em relação ao mesmo período do ano passado. O Secretário de Segurança Pública do Estado, Joaquim Mesquita, contumaz em apresentar explicações esdrúxulas para as causas da violência na capital, dessa vez se superou. Segundo ele, o fato do carnaval ter caído em fevereiro é a explicação para o aumento no número de homicídios em Goiânia. Nos últimos 11 anos, em 9 deles o carnaval foi comemorado no mês de fevereiro. A verdade é que, não obstante o trabalho desenvolvido pela Polícia Militar, não há projetos de governo, e nem de estado, para conter a onda de violência que assola Goiânia e Goiás como um todo. Diante do quadro negativo da segurança pública, o governo diminuiu substancialmente o pagamento de extras aos policiais militares goianos e tem apostado no inconstitucional SIMVE. Como se vê, medidas equivocadas que não têm surtido efeito. Assim como os homicídios, o roubo a pedestres nas ruas da capital goiana também aumentou. E muito. Em dezembro do ano passado, 721 pessoas comunicaram ter sido roubadas em vias públicas, contra 1323 em janeiro de 2015. Um aumento de 83% nessa modalidade de crime. No Estado esse aumento foi de 27%. Isso sem considerar o número de cidadãos que são roubados e sequer vão à delegacia fazer ocorrência. O Governo Marconi diz ter investido em segurança pública, mas a realidade mostra o contrário. Ainda de acordo com a reportagem do jornal, essas estatísticas, desfavorável ao governo tucano, foram divulgadas no site da SSPJ apenas na semana passada, ao contrário de outras modalidades de crimes que tiverem redução em relação a meses anteriores, como o roubo de veículos, por exemplo, que foram divulgadas pelo governo ainda na primeira quinzena de fevereiro. A violência em Goiás cresceu 230% desde que Marconi Perillo assumiu o governo em 1999, o que levou Goiás a sair de 18º para a condição de 5º estado mais violento do país e Goiânia, a capital, figurar como a 23ª cidade mais violenta do mundo. 

domingo, 1 de março de 2015

Governo de Goiás é acusado de tentar criminalizar movimentos sociais e promover "prisões políticas".

As manifestações populares sempre foram a pedra no sapato dos maus políticos. Se a democracia se pauta no princípio de que todo poder emana do povo e em seu nome deve ser exercido, as manifestações são a forma desse povo dizer aos seus governantes que não concordam com os rumos de sua administração. Depois do voto, as manifestações são as mais importantes ferramentas de que dispõe o povo para o exercício da democracia. Há, entretanto, uma nefasta campanha em curso para retirar do povo essa soberania na cobrança dos seus direitos: estão criminalizando os movimentos sociais que dão visibilidade à insatisfação popular. Em Goiás a coisa é preocupante. No último dia 26/02, na Praça A, Setor Campinas, em Goiânia, um grupo de estudantes protestava contra o aumento abusivo da passagem de ônibus e a ameaça do fim do passe-livre estudantil, quando foram presos pela Polícia Militar e levados à Delegacia de Repressão aos Crimes Organizados (DRACO). Lá foram autuados em flagrante por, entre outros "crimes", formação de quadrilha e continuam presos até o momento. Segmentos organizados da sociedade, estudantes, professores e familiares dos presos dizem que se trata de prisão política, arbitrária e desnecessária e que o objetivo da polícia e do Governo do Estado, comandado por Marconi Perillo (PSDB), é criminalizar o movimento de luta contra o aumento da passagem do transporte coletivo em Goiânia. A imprensa goiana, que tem no Governo do Estado a "galinha dos ovos de ouro", se cala quanto a causa e abusa na divulgação das consequências do movimento. Convencionou-se chamar de vandalismo as manifestações como um todo. Qualquer ato isolado é motivo para se atribuir a todos os manifestantes o caráter de vândalos, maculando, assim, o legítimo ato de protestar contra os desmandos. Marconi Perillo, no exercício do 4º mandato, nunca foi muito afeito à democracia e nem à liberdade de expressão e opinião. Vários são os processados por ele por críticas ao seu governo. Recai sobre o Governo tucano de Goiás a acusação de ordenar a prisão política dos estudantes que encabeçam o movimento contra o aumento da passagem. Já as empresas de ônibus que operam na região metropolitana de Goiânia acusam Marconi Perillo de não cumprir acordo para o pagamento de 50% da gratuidade do sistema, o que culminou com a necessidade de se promover o aumento de quase 18% no valor da passagem. Em abril do ano passado, em início de campanha pela reeleição, Marconi assumiu o compromisso de arcar com metade da gratuidade do sistema, que são as passagens franqueadas ao passe-livre estudantil, idosos, deficientes e militares fardados. O valor do repasse deveria ser de R$ 4,5 milhões/mês. Até hoje nenhuma parcela desse acordo foi paga pelo governo estadual, o que tem inviabilizado a gratuidade, segundo os empresários do transporte. A dívida já chega a R$ 45 milhões. Não é crível e nem é justo que se criminalize as consequências das manifestações, levando estudantes à prisão, sem contudo discutirmos os crimes de responsabilidade praticados pelo governo de Goiás e pelas demais autoridades omissas. Não se concebe a ideia de chamar de vândalo o cidadão que vai às ruais reclamar um direito legítimo e acobertar o vandalismo do mau político, operado no ar condicionado de seu palácio. Toda consequência tem uma causa e esconder essa causa é pura falácia de quem pretende justificar o injustificável. Se alguém deveria estar preso pelo caos no transporte público da capital, que tem motivado as manifestações populares, definitivamente não são os estudantes recolhidos numa cela da DRACO. Em plena vigência do Estado Democrático de Direito assistimos um grave atentado contra os direitos individuais de cidadãos que buscam, tão somente, o respeito às suas garantias constitucionais.

Ana Carla Abrão, Secretária da Fazenda de Goiás, acena com impossibilidade de pagar o data-base em maio.

O instituto da reeleição tem provocado um fato inusitado na política brasileira e sobretudo na goiana. É comum vermos um governo recém eleito culpando o antecessor pelas mazelas encontradas, tais como déficits nas contas, desequilíbrios e inchaços da máquina pública. Tudo serve para justificar o não cumprimento das promessas assumidas em campanha, e assim a vida segue seu rumo. A reeleição de Marconi Perillo (PSDB) em Goiás inaugurou uma nova forma de justificar o descalabro. Tendo herdado de si mesmo um estado quebrado, com déficit de mais de R$ 1,3 bilhões e restos a pagar na ordem de R$ 1 bilhão, o governo de Marconi IV começa a abespinhar-se com o governo de Marconi III. O curioso é que todos, secretários e imprensa, agem para deixar, pasmem, Marconi Perillo fora dessa. A Secretária da Fazenda do Governo Marconi IV, Ana Carla Abrão, tem pisado em ovos para anunciar os rombos herdados do governo de Marconi III. Surpreendida pela dívida com os municípios, fruto dos convênios assumidos e não pagos, que já superam os R$ 120 milhões, Ana Carla disse não ter sido informada de que havia essa dívida e não soube precisar quando o estado poderá quitá-la. Hoje, no Giro do O Popular, a SEFAZ-GO anuncia que, muito provavelmente, o Estado não terá como pagar o data-base do funcionalismo, agendada para o mês de maio do corrente ano. Mais uma vez, Ana Carla atribui ao governo de Marconi III a adoção de medidas que inviabilizam o governo de Marconi IV: "Temos reajustes concedidos em anos anteriores que já impactam 75% da receita líquida do Estado", disse a Secretária alertando os colegas de que o estado terá dificuldades para arcar com reajustes na folha do funcionalismo e preparando os funcionários públicos para o não pagamento do data-base. Enquanto isso, Marconi Perillo, o dono dos dois mandatos, faz cara de paisagem e finge não ser com ele. José Taveira, o SEFAZ de Marconi III, realocado na SANEAGO, não tem se pronunciado a respeito das acusações da SEFAZ de Marconi IV. Até quando os auxiliares conseguirão separar Marconi de Marconi não se sabe, mas que a corda esta prestes a se partir, não tenham dúvidas.