terça-feira, 10 de março de 2015

Delegado Waldir sai em defesa do Pe. Luiz e insinua que, na Assembleia, milhares recebem sem trabalhar.

Em texto confuso, publicado na sua página do Facebook, o Deputado Federal Waldir Soares, ou simplesmente Delegado Waldir, eleito com mais de 274 mil votos em Goiás, saiu em defesa do Padre Luiz Augusto Ferreira, que é funcionário fantasma da Assembleia Legislativa de Goiás há mais de 20 anos, segundo levantamentos feito pelo Jornal O Popular no início do mês. Pe. Luiz, como é conhecido o padre que arrebata multidões para suas missas, campeão na arrecadação do dízimo em Goiás e grande tocador de projetos sociais, principalmente voltados para a recuperação de dependentes químicos, recebe salário de R$ 11,8 mil da Assembleia, onde é lotado na Diretoria Parlamentar, e desde 1995, quando foi ordenado padre, nunca mais compareceu ao serviço. Segundo o Deputado, a imprensa "massacrou" o padre, já chamado de "padre fantasma", e que "pelo destaque, mais parecia o maior criminoso de Goiás". Waldir, que escreve com reticências entre as palavras, diz que "nem investigados no mensalão, petrolão tiveram visibilidade na mídia... foi massacrado... foi execrado". Eleito com a retórica populista de que "bandido bom é bandido morto", o delegado tenta minimizar o crime supostamente praticado pelo Padre Luiz, que em tese, em se confirmando as denúncias de ter recebido sem trabalhar, caracteriza o crime de peculato e enriquecimento ilícito, e tenta impor a falácia de que ele não é o único. "Quero ver se este caso, por tratar-se de um padre famoso, se vai virar "bode expiatório", pergunta o Deputado, intimando à atirar a primeira pedra "o puro, o santo". Segundo o homem do "45 do calibre e 00 da algema... para o bandido", muitos agem, ou agiram, como o padre Luiz. Entretanto, o delegado que sempre foi intransigente com o crime, que chamou alunos da UFG de "clientes" e sempre defendeu linha dura contra "bandidos", esquece-se que crime é crime mesmo quando muitos ou todos o praticam, inclusive os amigos de deputados.


O texto no Facebook você pode ler clicando aqui   

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