sábado, 28 de março de 2015

Deputado José Nelto (PMDB) pede que contrato com OS seja investigado.

Dep. José Nelto (PMDB) protocola pedido de investigação no MP/GO

O Deputado José Nelto (PMDB), protocolou ontem, 27/03, junto ao Ministério Público do Estado de Goiás, representação para que seja investigado o contrato de gestão do Hospital Geral de Goiânia - HGG, firmado entre o Estado de Goiás e a Organização Social Idetech. Conforme foi divulgado na coluna Giro do Jornal O Popular, assinada pelo jornalista Jarbas Rodrigues Jr, o contrato nº 24/2012, foi reajustado em quase 90%, passando de R$ 66 milhões/ano para mais de R$ 126 milhões. O  número de atendimentos à população, entretanto, permanece inalterado, não havendo, em tese, motivos que justifiquem o aumento. Segundo José Nelto, os aditivos dos contratos de gestão dos hospitais públicos a cargo das OSs em Goiás ultrapassam R$ 160 milhões em apenas um ano. Segundo Nelto, isso é inadmissível. A coluna Giro apurou que 7,8 mil atendimentos foram realizados no HGG em dezembro de 2012 e 7,1 mil em dezembro 2014. O número de internações manteve-se inalterado. Pelo novo valor a ser pago a Idetech cada atendimento custará aos cofres públicos a importância de R$ 1,485,92. Depois de veiculada a reportagem o Secretário Estadual da Saúde, Leonardo Vilela, editou portaria suspendendo por tempo indeterminado todos os reajustes nos valores dos contratos das organizações sociais para a gestão de hospitais no estado. A medida, entretanto, não interrompe as investigações do Ministério Publico, que estarão a cargo do combativo promotor de justiça, Fernando Krebs. A administração dos hospitais públicos de Goiás por Organizações Sociais (OSs) têm sido alvo de críticas da oposição e de boa parte da população, sobretudo pela diminuição nos atendimentos prestados pelos hospitais. No Hospital de Urgências de Goiânia, maior hospital público do estado, por exemplo, 800 atendimentos/dias eram realizados antes da sua gestão passar para a OS. Hoje são atendidos em média 190 pessoas por dia. Esse fato tem sobrecarregado o atendimento nos CAIS da capital e gerado caos no sistema de saúde do estado.

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