quinta-feira, 12 de março de 2015

Pressionado pelo MP/GO, Paulo Garcia cancela contrato de iluminação pública em Goiânia.

É consenso entre jornalistas, políticos e funcionários que Paulo Garcia (PT), Prefeito de Goiânia, é um bom sujeito. Dizem que é educado, atencioso e até mesmo prestativo. Enfim, Paulo Garcia é um bom companheiro. Entretanto, quando se trata de avaliar o político Paulo Garcia, a coisa muda de figura. Nessa seara, Garcia é tido como "turrão" e fechado ao grito das ruas. Assim como em 2012, quando a Prefeitura de Goiânia foi obrigada a romper contrato com empresa responsável pela manutenção do asfalto da cidade, o MP/GO, através do Promotor Fernando Krebs, determinou que Paulo Garcia cancelasse, imediatamente, o contrato firmado com a empresa Luz Urbana Engenharia, cujo objeto era a manutenção da iluminação pública da capital. Na última quarta-feira, 11/03, o Prefeito comunicou ao Ministério Público a rescisão do referido contrato. O instrumento firmado com a empresa paulista, que previa a troca e manutenção de pontos de iluminação pública em Goiânia, teria duração de 6 meses e o valor ultrapassava os R$ 18 milhões. A contratação, feita em caráter emergencial e por dispensa de licitação, visava, segundo o Prefeito, atender decisão judicial provocada pelo próprio MP/GO, que mandava a Prefeitura substituir todas as lâmpadas queimadas e pontos de iluminação com defeito no prazo máximo de 90 dias. Após denúncia do Vereador Elias Vaz (PSB), o Promotor Krebs entendeu que o contrato era lesivo ao erário municipal e recomendou a imediata rescisão do mesmo, sob pena de responsabilização do Prefeito Paulo Garcia. A Prefeitura alegava que a COMURG, empresa estatal que já fazia o serviço, não teria condições técnicas e estruturais para cumprir a ordem judicial. Entretanto, segundo o promotor, com a terceirização os serviços ficariam até três vezes mais caro para o erário e que a alegação de que a estatal municipal não teria condições de fazer o serviço era apenas uma meia verdade para justificar a malfadada contratação. Não se entende é como Paulo Garcia, prefeito em segundo mandato, cercado de assessores e reconhecido como uma pessoa de bom senso, aja de forma contrária aos princípios que regem a administração pública, tal como o princípio da razoabilidade. Sempre que lança mão do expediente da dispensa de licitação, Garcia é obrigado a recuar, o que tem maculado sua carreira política como executivo municipal. Foi assim com a Ecotech em 2012, foi assim com a Luz Urbana em 2015 e outro contrato, autorizado pelo Prefeito, também por dispensa de licitação, firmado entre a SMT e a Lig Móbile é objeto de denúncia de irregularidade, feita pelo vereador Djalma Araújo (SDD). Paulo Garcia sofre as consequências de uma mau assessoria e de influências de companheiros sem mandato, famosos por enterrar carreiras políticas em Goiânia. Com uma comunicação deficiente, Garcia não consegue maximizar politicamente seus feitos na cidade, que são relevantes, diga-se de passagem, e sobra-lhe, apenas, a pecha de pior prefeito que Goiânia já conheceu. 

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