terça-feira, 19 de maio de 2015

Governo de Marconi Perillo gasta mais de R$ 1,2 milhão com shows em apenas 10 dias.

No estado onde o governo parcela salários dos servidores e antecipa cobrança do ICMS das empresas alegando falta de recursos em caixa, soa um completo paradoxo gastos milionários com shows bancados pelo erário. O Diário Oficial do Estado, edição desta segunda-feira, 18/05, traz, nas páginas 1 e 2, a publicação de extratos de inexigibilidade de licitações visando a contratação de vários artistas para animação de eventos na cidades goianas de Anápolis, Aparecida de Goiânia, Amorinópolis, Rio Quente, Flores de Goiás e Padre Bernardo. Todos os shows aconteceram entre 29 de abril e 10 de maio de 2015. O preço das brincadeiras: R$ 1.230.000,00 (hum milhão, duzentos e trinta mil reais). Chama atenção o cachê dos artistas. Pelo show do cantor Lorenzzo Marques, a Agência Estadual de Turismo de Goiás pagou R$ 25 mil. Já o famoso cantor Gustavo Lima embolsou R$ 300 mil; Gabriel Gava engordou sua conta em R$ 130 mil; A dupla Dáblio e Philipe (filho do cantor Luciano da dupla Zezé de Camargo e Luciano) levou R$ 50 mil para animar a 60ª Expoana de Anápolis. Nerildo e Nerivan, que muitos achavam existir só nos outdoors, receberam R$ 30 mil para apresentação na 3ª Festa da APRA na cidade de Amorinópolis. Já o cantor Thalles Roberto recebeu a bagatela de R$ 180 mil por show artístico no Festival Celebrar 2015 em Aparecida de Goiânia.

Obviamente eventos artísticos fazem parte da cultura de um povo, e não é nosso papel discutirmos aqui o quanto vale a apresentação de cada um dos contratados pelo Governo de Goiás. Acreditamos, inclusive, que o trabalho de tais profissionais vale sim cada centavo que receberam. Não podemos concordar, entretanto, com a falta de prioridade do Governo de Marconi Perillo, que alegando falta de recursos deixa de pagar salários, antecipa a data de pagamento de tributos, retira direitos de servidores, recusa-se ao pagamento do data-base e posterga pagamento de quinquênios. Se não há dinheiro para o essencial, inadmissível que se promova shows com dinheiro público. A falta de prioridade do governo tucano em Goiás é algo que beira o tripúdio ao povo de bem deste Estado.

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