sábado, 9 de maio de 2015

Greve na Educação Estadual macula biografia vitoriosa da Secretária Raquel Teixeira.

Marcada para iniciar na próxima quarta-feira, dia 13/05, a greve dos professores da rede estadual de ensino de Goiás, embora frustre pais e alunos, é consequência inevitável num estado onde o docente tem sido vilipendiado em seus direitos por uma política equivocada e desrespeitosa com a mais nobre das profissões. O Governo de Marconi Perillo, ainda no seu terceiro mandato, aplicou duro golpe nos mestres goiano, quando, sem nenhum pudor, retirou a titularidade dos professores, prejudicando a carreira e auto-estima de uma classe que enfrenta toda sorte de sacrifícios para continuar cumprindo sua sagrada missão de ensinar. A decisão pela paralisação deve-se ao não cumprimento, pelo governo, do acordo firmado com a categoria, que era o pagamento do data-base em janeiro de 2015. O Governo goiano não só não pagou o ajuste, como postergou-o para agosto sem o compromisso de pagamento retroativo. Reforçou a opção pela greve, o fato do governo acenar com a continuidade do parcelamento dos salários dos professores, que na visão da dirigente sindical, Bia de Lima, não haveria razão de ocorrer porque os recursos do Fundeb (Fundo federal para a educação) são repassados todo dia 10, 20 e 30 de cada mês. A atual secretária, Professora Raquel Teixeira, se diz frustrada com a decisão dos professores. Infelizmente a Secretária Raquel Teixeira tem se limitado a uma figura decorativa diante da política de arrocho do Governo Perillo. Recentemente, Marconi Perillo enviou projeto à Assembleia completamente divergente do que vinha sendo discutivo pela SEDUCE e o SINTEGO. Na ocasião a Professora Raquel não escondeu o descontentamento por ter sido desautorizada pelo governador. "Eu fiz uma proposta em maio como o data-base retroativo a janeiro. O governador é quem sabe o que pode ser pago", disse a secretária. Não se compreende, entretanto, como uma profissional como Teixeira, dona de um currículo de sucesso, sobretudo pela condução da educação no primeiro mandato de Perillo, se sujeita a assumir um ônus que não é seu. Com a greve deflagrada, Raquel macula sua biografia e se assume inimiga da educação, formando fila com o maior dos algozes dos professores em Goiás, Thiago Peixoto. Entretanto, ao afirmar que "esse governo sempre valorizou os servidores", a pergunta que fica é se a condição da Professora Raquel é de ingenuidade ou de conivência com o calote anunciado aos docentes de Goiás?

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