sexta-feira, 15 de maio de 2015

Privatização da CELG é mais um duro golpe nos goianos. Dinheiro será para pagar dívidas.

Vítima da vaidade e irresponsabilidade de um governo que há mais de 16 anos faz dos sofismas a marca de sua gestão, a CELG sucumbiu à política da mediocridade e o colapso financeiro foi inevitável. Em 2011 o ex-governador Alcides Rodrigues ainda tentou recuperá-la e só não conseguiu pela vaidade inconsequente de Marconi Perillo que, na condição de governador eleito para o quadriênio 2012-2014, boicotou o acordo firmado entre o Estado de Goiás e a Eletrobrás para salvação da estatal goiana. Por aquele acordo, Goiás entregaria 5% de suas ações ao Governo Federal e, em contrapartida, receberia autorização para pleitear novos empréstimos e reajustar as tarifas de energia. Sem acordo, no entanto, a situação da CELG agravou-se e a bancarrota foi questão de tempo. Sem saída, Perillo foi obrigado a concordar com a federalização da companhia e 51% das ações da empresa avaliada em R$ 6 bilhões foram repassadas por R$ 56 milhões, ou apenas 0,9% do seu preço de mercado. Agora, em 2015, Marconi entabula acordo para a privatização da estatal, a fim de receber recursos que possam salvar seu quarto mandato. Atolado em dívidas, com déficits que beiram R$ 5 bilhões, conforme levantamentos feitos pela oposição em Goiás, e sem condições de honrar, sequer, o pagamento dos salários dos servidores, Marconi Perillo enxerga na privatização da companhia energética a tábua de salvação de um governo que tá "vendendo o almoço para comprar a janta". Nessa operação é possível que o estado receba entre R$ 3 e R$ 4 bilhões. Os goianos, que já sofrem toda sorte de sacrilégios com um dos maiores índices de violência do país, serão novamente penalizados pela inconsequente má gestão de Perillo. As contas de luz deverão ficar 80% mais cara e mais de 2 mil funcionários serão demitidos depois da privatização. Em campanha em 2014, Perilo afirmou, peremptoriamente, que os goianos não perderiam a CELG. Perdemos, e isso é só mais uma prova do estelionato eleitoral cometido pelo tucanato em Goiás.

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